O raio vai riscando a noite
E rasgando o céu
Quebrando o mundo
E derramando a chuva, feito mel

Na terra seca, a semente
Sente aquele amor
E vai brotando pelo chão
Na mão do Criador

E tudo vai se transformando
Em coisas tão iguais
No lixo, existe um tesouro
Que ninguém quer mais

O fruto cada vez mais doce
E com mais sabor
Será o alimento santo
Do trabalhador

É a vida
Das cinzas, nada se perdeu
Quem vai na hora da partida
Não sabe que outro já nasceu

É a vida
Assim vão ser os filhos meus
Pra terra, volta a semente
Cumprindo a vontade de Deus

Estrelas vão se escondendo
Enquanto vem o Sol
Trazendo sua luz dourada
Feito um lençol

Na mesa farta da riqueza
Nada tem valor
No prato da pobreza
Falta um pouco de amor

É a vida
Das cinzas, nada se perdeu
Quem vai na hora da partida
Não sabe que outro já nasceu

É a vida
Assim vão ser os filhos teus
Pra terra, volta a semente
Cumprindo a vontade de Deus

É a vida
Das cinzas, nada se perdeu
Quem vai na hora da partida
Não sabe que outro já nasceu

É a vida
Assim vão ser os filhos meus
Pra terra, volta a semente
Cumprindo a vontade de Deus

Composição: César Augusto